sábado, 6 de março de 2010

Pai e bebê em apuros na ausência da mãe

Oi pessoal! Mesmo não tendo recebido da parte de vocês nenhum apoio, pelo menos até agora, pela perda do meu Abraão, estou de volta para falar um pouquinho com vocês. Papai sempre me diz que devemos retribuir o mal com o bem, porque foi isso que o Tio Jesus nos ensinou, por isso, estou aqui para abençoar sua vida, independente de vocês não terem me dado apoio sentimental pela minha perda, com minhas reflexões sobre a vida de um bebê. Meu irmão Caio, que é um cara muito inteligente, costuma dizer que “os bebês sabem todas as coisas”, não é a toa que ele vai ser o melhor pesquisador na área de biomedicina que nós vamos ter no Brasil e além disto, conseguiu a namorada mais bonita de São Gonçalo, a tia Gabriela.
Ta bom já sei, to falando muito para um bebê, meu pai fala a mesma coisa, mas é que descobri ... que eu gosto muito de conversar com vocês. Pena que eu não possa dizer que da parte de vocês a recíproca seja verdadeira, já que a quantidade de retorno das minhas reflexões, só dá para encher minha caixinha de cotonete. Mesmo assim, to gostando tanto deste negócio de blog, que até me arrependo de não ter iniciado ainda barriga de minha mãe.

Mas vamos à nossa experiência. Hoje minha mãe precisou se ausentar por algumas horas, até agora enquanto escrevemos não sabemos exatamente quantas, para fazer um tratamento dentário com urgência. E ai vem o problema, eu só consigo tomar leitinho do peito, aquele da lata é muito esquisito, acaba me enjoando. Em resumo, meu pai, eu e minha mãe fizemos um trato: ela vai ao consultório sem apressar a tia Simone que vai realizar o canal no dente dela , papai vai brincar comigo o máximo que ele conseguir e não vai tentar me dá aquele leite esquisito da lata, em contrapartida eu vou me esforçar para ser longânimo quanto a minha fome, mas se não aguentar, já deixei claro que vou abrir a boca e soltar meu choro.
Percebi que com minha última frase os dois ficaram um pouco apreensivos, mas fomos em frente. Dava para sentir que minha mãe saiu preocupada, meu pai estava meio ansioso do tipo “ o que será que o Miguel vai aprontar comigo” e eu comecei a tremer as perninhas. Se eles que são adultos estão assim cheio de dúvidas, imagine eu que ainda sou só um bebê, com certeza tenho muito mais motivos para me preocupar com minha vida, durante essas quatro ou cinco horas que terei que sobreviver sob os cuidados do papai sem a minha mamãe.

Mas logo depois que minha mãe saiu, aconteceu algo que mudou todo esse quadro que eu descrevi acima. Eu lembrei, que no outro dia na igreja meu pai falou algo mais ou menos assim: “Os que confiam no Senhor, são como os montes de Sião, nunca serão abalados”. Sabe o que fiz, mesmo com esse horizonte tão negro? Coloquei tudo na mão de Jesus e confiei que tudo ia dar certo. Para encurtar a história, eu e meu pai brincamos muito, minha mãe se atrasou por causa do trânsito, mas quando ela chegou, eu estava cochilando no colo de meu pai e ele cantando uma das canções doidas que ele inventa para me fazer dormir e nos intervalos do sono, fomos escrevendo para vocês esta postagem.

Para encerrar, não se ofenda com a pergunta de um bebê de 4 meses, diante de um horizonte indefinido, você tem confiado no Senhor?

Ps: vou dar a vocês uma chance de se redimirem comigo, vou esperar muitos comentários interessantes desta conversa.


Bjos do Miguel

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