sábado, 3 de abril de 2010

O mundo da comida salgada

Oi pessoal!
Nessa sexta-feira dia 02 experimentei pela primeira vez, na minha longa vida de quatro meses e meio, comida salgada. Foi quase uma festa para os meus pais me verem abocanhando minha colherzinha azul com toda vontade, utilizada inicialmente só para comer frutinhas. Foi uma papinha de inhame com cenoura. Meu pai foi o provador oficial da comida e também o fotógrafo da ocasião e pela cara de satisfação que fez, tratei logo de reivindicar que a colher fosse transferida para minha boca, conheço bem o apetite dele e, além disto, o Caio, meu irmão mais velho, já me alertou sobre a fraqueza do pai por comida de bebê.

Apesar de ter achado gostosa essa nova comida, foi estranho perceber um gosto diferente, algo que eu ainda não conhecia. Até hoje pela manhã, só havia ingerido o mamá de minha mãe e algumas  frutinhas que comecei a comer já tem uns vinte dias. Cada experiência nova que vivo, e na minha fase elas são muitas e das mais variadas maneiras, traz certo peso de maturidade. Às vezes fico pensando, e chego me assustar, que cada passo que dou em relação ao crescimento, me torna mais independente dos meus pais. Para quem já é grande, deve ser o máximo ser independente das pessoas, já soube pelo meu pai que o pessoal grande quer ser independente até de Deus, mas para nós, que estamos descobrindo o tamanho do universo a cada dia, é no mínimo uma dura tarefa.

Meus pais têm sido até agora o meu mundo. O pai sempre olha para mim e diz que sou um privilegiado porque nasci numa época em que eles estão em condições de se dedicarem como mereço. Talvez eu não entenda isso direito, mas acho que meu pai está certo, a companhia deles me traz muita segurança e isso está me ajudando a dar passos com firmeza, por mais que às vezes fique assustado.

Tudo isso me fez pensar em algumas coisas. Será que os pais que ainda não descobriram que os bebês falam com os olhos, estão atentos à esta parte emocional dos meus amiguinhos, como estão com suas necessidades materiais?

Não conta para ninguém, mais eu ouvi dizer que tem pais que acham que o importante é trabalhar muito para dar tudo que os bebês precisam materialmente, porque é isso que é importante para eles. Coitadinho desses pais, seus bebês quando crescerem vão sentir falta de algo que um carro novo, casa nova, boa escola e outros, nunca darão a eles: Segurança interior.

Mas quem sabe eles não entram no meu blog e descobrem que não é bem assim que a nossa bandinha toca.

Eu como um bebê de Jesus, oro para que aconteça um avivamento nas funções de pai e mãe, que eles sejam despertados pelo Espírito Santo a se aproximarem mais emocionalmente de seus filhos.

Fico aguardando seus comentários.

bjos do Miguel

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